sábado, 24 de agosto de 2013

Portugal das minhas memórias


Não interessa como luto;
Não posso mais negar
O sentimento de revolta
E não posso mais deixar

Portugal das minhas memórias
Tanto tempo juntos
Criámos tantas histórias
Acima de tantos assuntos

Tanto Mundo segundo
Que neste mundo sou vagabundo
Moribundo imundo
Ser oriundo sem fundo

Instinto agudo
Amordiçado sou mudo
Cheio de conteúdo
Graúdo

Na escola da vida estudo
Inteligência é o meu escudo
Contra falsidades luto
Na verdade sou absoluto

astuto atributo
Que escuto meu puto
Mais um minuto
E torno-me dissoluto

Eu sou bismuto
Apenas mais um produto
Pronto a ser substituto
De mais um rapper reduto

Faço-te um tributo
Se quiseres um estatuto
Neste flow bruto
métrica em rotundo

Vocabulário barrigudo
Em rimas pontiagudo
Nisto tenho tido tudo
Levanto o copo e saúdo

Aqueles que me poêm louco
oiço rouco de tao pouco
de tão pouco oiço mouco
De me tentarem derrubar

Vou-te tentar ensinar
alguma coisa sobre rapar
Rap não é odiar
Mas sim criticar

Todo o povo alertar
Os politicos sufocar
Com sentimentos revoltar
Quem nos tenta roubar


Henrique Gabado